Evangelização
Evangelismo ou Evangelização é a pregação do Evangelho Cristão (a mensagem cristã) e, por extensão, qualquer forma de pregação e proselitismo, com fins de adquirir adeptos, produzir conversão ou mudanças de hábitos, crenças e valores.A palavra evangelista provém da palavra do grego koiné (tipo de dialecto grego, popular, usado no Novo Testamento εὐάγγελος ("eu-angelos"), que significa "boas novas" ou "boas notícias" e refere-se directamente aos quatro evangelhos do Novo Testamento (existem outros, contudo. esses são apócrifos). Assim, os evangelistas são os autores dos evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João.Considera-se, contudo, que a evangelização, no sentido do cristianismo, tenha tido início com o próprio ministério de Jesus Cristo que, ao escolher os seus doze discípulos, os preparou para espalhar a sua mensagem religiosa.
Conceituação
No cristianismo, Evangelismo é o sistema, baseado em princípios e métodos apresentados no Novo Testamento, pelo qual se comunica o Evangelho de Cristo a (todo) pecador sob a liderança e poder do Espírito Santo. A mensagem do Evangelho e a persuasão do Espírito Santo faz com que o pecador aceite Cristo como seu Salvador Pessoal e se torne também um seguidor (discípulo) de Cristo. O discípulo, por ação do Espírito Santo, deve divulgar o Evangelho e aguardar a volta de Cristo em comunhão com uma igreja através do batismo e da celebração da Santa Ceia. As várias maneiras de se evangelizar formam um sistema chamado Evangelismo. A partícula -ismo denota um sistema muito bem preparado, que está subentendido pelo texto de 1 Timóteo 2.15. O Evangelismo, em função de sua complexidade, é a arte de fazer discípulos. A mesma coisa, portanto, que discipulado (Mateus 28.19, 20).
D. T. Niles formulou as seguintes definições:
• Evangelismo é a missão suprema da Igreja.
• Evangelismo é fazer a Palavra de Deus chegar ao conhecimento do povo.
• Evangelismo é a Igreja que vai.
• Evangelismo é a Igreja que segue.
• Evangelismo é a Igreja que ataca.
Nas conferências de Amsterdam 86, diversos evangelistas itinerantes emitiram publicamente suas definições concernentes ao Evangelismo:Evangelismo é compartilhar Cristo a toda e qualquer pessoa; através da palavra falada ou escrita.Evangelismo é comunicar as ações redentoras de Deus ao homem. Evangelismo é proclamar as boas notícias, deixando os resultados absolutamente nas mãos de Deus.

PARTE - 1

INFORMAÇÃO

Só ha uma maneira de combatermos ou pelo menos restringirmos o crescimento das seitas. Esta maneira é a preventiva, ou seja: “CHEGUE ANTES DELAS” através do evangelismo pessoal, o que muitos chamam de corpo a corpo, de casa em casa e termos semelhantes...
Se retrocedermos a historia e formos parar no período apostólico, verificaremos que a igreja primitiva usava a alavanca do evangelismo pessoal como método natural de crescimento. Naquela época, não havia aviões, televisão, radio,Internet ou quaisquer meios modernos e rápidos de comunicação, mas o escritor apostólico registrava que: “...a multidão dos que criam no Senhor,tanto homens como mulheres,crescia cada vez mais.”(Atos 5:14). Mas como se não havia todos estes recursos discriminados acima? Simplesmente porque eles usaram o evangelismo pessoal.
Infelizmente esse método que se constitue no maior segredo de ganharmos almas, esta sendo usado pelas seitas, para espalharem seu falso evangelho nos lares de nossos vizinhos, parentes e amigos. Quantas vezes não acordamos no sábado ou no domingo de manhã com uma Testemunha de Jeová batendo à nossa porta, tentando nos empurrar suas literaturas cheias de doutrinas heréticas? Elas estão alí,cumprindo um programa de visitação para qual foram destinadas, até parece que não surte efeito de imediato, mas no final do ano, após sair o relatório de crescimento delas na revista “A Sentinela”, veremos que não é bem assim. Muitas vezes crescem mais do que muitas de nossas igrejas evangélicas, porque simplesmente estão colocando em ação um segredo deixado por Jesus, e que nós, seus verdadeiros discípulos, não estamos usando. Não é por acaso que Jesus disse: “...os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz”. (Lucas 16:8).
Devemos então perguntar: Porque um método tão importante como esse foi esquecido pela igreja durante tanto tempo?


COMO TUDO COMEÇOU

O Atos dos Apóstolos é o nosso livro guia para aprendermos o segredo deste tipo de evangelismo. Naquela época em que o cristianismo era considerado uma seita do judaísmo (Atos 24:14) não havia liberdade de pregar abertamente o nome de Jesus conforme mostra o episódio de Atos capitulo quatro. Eles então se reuniam nas casas dos novos crentes Romanos 16:5 - I Coríntios 16:19 - Colossenses 4:15. Não havia templos cristãos como temos hoje, não havia essas belíssimas catedrais que levaram até séculos para serem construídas. Não, não tinham tempo para apreciarem a arquitetura de suas igrejas pois estavam ocupados demais evangelizando lá fora , onde os pecadores estavam.


A ÉPOCA DE CONSTANTINO

Até então como já dissemos, a igreja era uma religião ilícita, proibida; os cristãos eram tidos como desordeiros, e para piorar a situação, Nero, põem fogo em Roma, e acusa os cristãos, estes já não eram muito bem visto pelos Imperadores Romanos, pois não reconheciam outra divindade a não ser Jesus, naquela época chamar César de “Senhor”equivaleria reconhecer que César era divino mas os Cristãos não admitiam nenhum outro “Senhor” a não ser Jesus I Coríntios 12:3 e por isso eram perseguidos.
A igreja dessa época era uma igreja fervorosa, evangelística e missionária, os cristãos expunham suas vidas nas arenas dos circos romanos, onde eram jogados para lutarem com feras, até mesmo mulheres e crianças não escapavam do Coliseu. Essa era, ficou conhecida como a “Era dos mártires”,pois muitos cristãos preferiam ser mortos `a negarem a fé em Cristo.Vários bispos pagaram um alto preço por serem cristãos, entre estes Policarpo, Justino o mártir, Irineu, Clemente e tantos outros...
No começo do século IV, o então imperador Constantino se “converte” ao Cristianismo e torna-o religião oficial do império romano.Esse foi o inicio das conversões em massas, os pagãos entravam para a igreja, mas continuavam pagãos sem conversão e muitas vezes traziam consigo costumes e praticas pagas que a igreja por conveniência mais tarde veio a adotá-los.Nesta época também, Constantino baniu a religião pagã e confiscou seus templos transformando-os em templos cristãos, mandou construir grandiosas basílicas, a mais famosa foi a catedral de São Pedro que existe até hoje em Roma.
Os cristãos já não evangelizavam mais, pois pensavam que Deus estava em seus templos, sendo que Salomão mesmo disse que nenhuma casa terrestre o pode comportar I Reis 8:27. Esta situação se vê até hoje nos descendentes diretos daquele tipo de cristianismo - o católico romano.Infelizmente esse quadro perdurou até a idade média, nem mesmo os reformadores mudaram esse quadro resgatando o que era de suma importância na igreja primitiva, o evangelismo pessoal.Com o avivamento de John Wesley resgatou-se o evangelismo em massa, o pregador ia até ao pecador, não ficava esperando que este, viesse ao templo para se converter.Mas ainda estava longe do método neotestamentario!
Essa é a situação da igreja atual, todos nós esperamos que o pecador venha nos cultos de domingo a noite, para então Deus de uma maneira miraculosa, o tocar e ele se converter.Não queremos ir atrás das almas, queremos que elas venham até nossos templos; lembra do que Jesus disse? Ele disse: “Ide e pregai” e não, “deixe que eles venham e então você pregue”!
Precisamos despertar-nos para a obra `a qual o Espírito de Deus nos tem chamado,o velho “Ide” continua atual ele não foi mudado, Deus ainda continua chamando os crentes para a pesca.Seitas como os mórmons e as testemunhas de Jeová, descobriram isso e estão pregando um outro evangelho semeando o joio no meio do trigo Gálatas 1:8 temos que dar um basta nessa situação!


EVANGELISMO PESSOAL O MÉTODO DO NOVO TESTAMENTO

O Método De Cristo

Jesus sempre usava o evangelismo pessoal, lançava mão de termos como: pescar e semear, algo que só podemos fazer pessoalmente, mais do que isso Ele a ensinou comissionando:

a) os doze Marcos 3:13,14
b) os setenta Lucas 10:1
c) e por fim, todos os discípulos Marcos 16:15


O MÉTODO DA IGREJA PRIMITIVA

Seguindo a ordem de seu mestre, os apóstolos e todos os crentes primitivos, não deixaram de usar o evangelismo pessoal e os resultados eram tremendos.Vejamos:
“ Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte,anunciando a palavra.E, descendo Filipe `a cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo”.(Atos 8:4,5)
Posteriormente com a conversão de Saulo de Tarso o evangelismo pessoal explodiu de vez,falando aos anciãos de Éfeso ele diz:
“ Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas”.(Atos 20:20)
Os frutos deste tipo de evangelismo eram maravilhosos.Veja o que Lucas registra:
No principio era apenas um pescador - Jesus. Depois doze almas que foram treinadas por cristo Lucas 6:13 após esses doze, vieram mais setenta, Lucas 10:1 em Pentecostes o número já era de 120, Atos 1:15, a multidão alargou-se para quase 3.000 almas Atos 2:41, era algo contagiante pois a multidão crescia cada vez mais e chegava `a 5000 Atos 4:4 ; 5:14,o número dos discípulos crescia e multiplicava Atos 6:1,7,as igrejas se multiplicavam Atos 9:31,e por fim diz o apostolo Paulo que aquele evangelho tinha sido pregado a toda criatura debaixo do sol Colossenses 1:23.É algo realmente miraculoso não é? Mas será’ que isto se encerrou com a era apostólica? Será que os apóstolos tinham algo que nós não possuímos hoje? Sim e não. A diferença entre os crentes primitivos e nós é que eles obedeciam, levavam a sério o “Ide” de Jesus. Você tem o mesmo Jesus, a mesma mensagem, o mesmo evangelho, os mesmos tipo de pecadores, então o que falta?Por que nossas igrejas estão vazias e os templos das seitas cheios?Por que, se o nosso Deus é o mesmo, ontem, hoje e o será para sempre? Hebreus 13:8. Creio então que o problema esta em nos, não em Deus ou nos pecadores, não são eles que estão com o corações mais duros, somos nós !


DESCOBRINDO O SEGREDO DO LIVRO DE ATOS

Qual era o segredo de tanto sucesso para ganharmos almas?Seria novas estratégias, um novo vocabulário para abordarmos os incrédulos, até mesmo empregar marketing como fazem muitas igrejas? Não. O segredo se encontra em Atos 1:8 que reza:
“ Mas recebereis a virtude do Espírito Santo,que ha de vir sobre vos;e ser-me-eis testemunhas,tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria,e até aos confins da terra”.
É o “PODER DE DEUS” que faz a diferença meus irmãos!Temos que aprender a cooperar com Ele e Ele cooperara’ conosco!
“ E eles tendo partido,pregaram por todas as partes,cooperando com eles o Senhor...”.(Marcos 16:20)
Nunca teremos uma igreja conquistadora de almas enquanto não tivermos crentes com o desejo de buscarem o poder de Deus, de estarem cheios do Espírito Santo. Enquanto não tivermos a coragem de nos dispormos de corpo e alma para tal tarefa nunca teremos uma igreja evangelizadora nos moldes da igreja primitiva e, por conseguinte nunca teremos crentes avivados.
Da-se pouca importância a este fato em reuniões de evangelismo, passa por cima dele apenas superficialmente, e isto é perigoso porque ele, e unicamente ele, é o principal motor do avivamento para o evangelismo, não existe outro, não ha métodos, formulas, ou truques que o substitua. Se quisermos ter resultados duradouros não podemos agir de outra maneira a não ser a que esta em Atos 4:24 a 31, pare neste instante e leia-o.


PREPARANDO OS CRENTES PARA O EVANGELISMO

1 - Através do avivamento:

1-1: arrependimento

Para que haja avivamento é necessário arrependimento de pecados, sondagem do coração, ou como diz Hebreus 12:1:
“...deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia...”.
Não gostamos muito de fazer isso não é verdade?A carne clama, protesta, briga e se debate.O Diabo fará’ de tudo para te impedir, pois ele sabe, que um crente com a vida inteiramente nas mãos de Deus, pode fazer um estrago no seu reino, e isto ele não quer!
Todo grande avivamento na Bíblia começou com arrependimento:

a) Ezequias II Reis capitulo 18
b) Josias II Reis capitulo 22 e 23
c) Neemias Neemias capitulo 9

Agora chegou a hora DO SEU avivamento!Deus precisa de crentes corajosos que deixem de viver dentro de seu mundinho egoísta e carnal e passe a viver no reino do Espírito!

1-2: oração

Muitos crentes vão para o evangelismo despreparados, as vezes sem orar durante dias,como podem querer ter sucesso na pesca de almas desta maneira ? A oração é essencial, indispensável na vida do crente, é a respiração espiritual da alma, sem a qual, esta morrera’.Geralmente uma reunião de evangelismo em nossas igrejas se da’ da seguinte maneira:
O líder de evangelismo, que no caso pode ser o pastor (muito difícil hoje em dia) ou um simples membro, reúne o pessoal na igreja.Uns chegam desanimados, outros com medo, uns afoitos para que comece e acabe logo, pois tem outras coisas mais importantes para fazer, como por exemplo namorar.Alguns reclamam, mas finalmente saem apos repartirem os folhetos, sem nenhuma explicação ou treinamento e o pior de tudo, sem oração.Na do evangelismo jogam os folhetos nos quintais, nos correios como se fossem panfletos políticos, sabendo que irão ser molhados ou rasgados por algum cão travesso, gastando assim dinheiro e tempo!Na rua enquanto evangelizam ,conversam sobre tudo: futebol, o ultimo filme que assistiram,a namorada,riem,brincam a vontade, e tudo isso na frente de incrédulos.Não ha’ oração,antes, durante e muito menos depois do evangelismo.É lastimável!!Você acha que tal evangelismo teria sucesso?Não?Mas é justamente essa a realidade hoje da maioria das igrejas (As que ainda fazem evangelismo!).
Precisamos orar,buscar o poder de Deus a todo tempo.Não devemos contentar apenas com o batismo com o Espírito Santo mas procurarmos ser cheios todos os dias como faziam os crentes primitivos Atos 16:13.Até mesmo Jesus precisava ser cheio pois orava continuamente Lucas 5:16 ; 6:12 .
Temos tempo para tudo hoje em dia,menos para orar, mas é justamente ai que nos erramos, pois quanto mais tempo gastamos com o Senhor em oração,mais direção nosso espírito recebera’ para as coisas do cotidiano Lucas 10:41,42. Se quisermos ser ganhadores de alma temos que pagar o preço,negar nossa própria vida pra viver a vida de Cristo em nos Gálatas 2:20. Não se contente com uma vida fraca,morna e inerte sem experimentar o poder de Deus.Ele não te obrigara’ a nada, a decisão é sua Apocalipse 3:20,Deus não trabalha em cima de ameaças,pois tudo o que fazemos pra obra de Deus tem que levar a marca do amor e finalmente quando entrarmos no seu tribunal esse será’ o critério para julgar nossas obras I João 4:18.
LEMBRE-SE: Somente o crente cheio do Espírito Santo poderá’ levar almas a Cristo com eficácia,enquanto o gemido do Espírito Romanos 8:26 não for o nosso gemido de intercessão por este mundo perdido,enquanto a paixão pelas almas não queimar dentro de nos como fazia em Whitefild que disse: “ Se não queres dar-me almas,retira a minha ”ou Hyde missionario na China que orava assim: “Da-me almas,ou morrerei” não seremos realmente discípulos de Cristo .Precisamos nos compadecermos da multidão.O caso do Rico e Lazaro reflete a realidade do mundo perdido sem Deus.


a) O rico havia morrido sem salvação Lucas 16:22,23

Não ha mais chance para quem morre sem Cristo Hebreus 9:27

b) Foi para o inferno V.23

O inferno é real e eterno Mateus 25:46 Apocalipse 20:15

c) Havia deixado cinco irmãos na mesma condição v.28

Quantas pessoas existem sem salvação! São cerca de seis bilhões de pessoas habitando este planeta ,subtraia dois bilhões e meio de cristãos,dentre esses subtraia ainda os que são cristãos autênticos,sobrara’ uma pequenina parcela o resto esta’ caminhando a passos largos para o inferno.
Agora observe o dramático apelo desta alma perdida nos versos 27,28,30 e a terrível realidade apontada por Abraão nos versos 29,31.Para o rico que estava no Hades não havia mais esperança,mas para os mortos espirituais mas fisicamente vivos sim I Timoteo 5:6. O mundo esta aflito,clamando por salvação.Os anjos não podem pregar I Pedro 1:12 os mortos salvos também não Lucas 16:26,31, somente nos temos este privilégio II Corintios 5:20.Deus procura pessoas para essa tarefa,ouça o que Ele diz:

“ A quem enviarei, e quem ha’ de ir por nos ?” “então disse...” Isaias 6:8
A ultima parte do versículo ainda está em aberto,quem irá atendê-la ?
Jesus chorava pela multidão Lucas 19:41,42
Jesus se afligia por elas Lucas 22:44
Jesus ia ao encontro delas Marcos 1:38,39
Temos que ter o mesmo sentimento de Cristo Filipenses 2:5 e andar como Ele andou I João 2:6 eis como Ele andou Atos 10:38. Mais uma vez ouve o que Deus diz:
“ E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra...mas ninguém achei” Ezequiel 22:30
Você se dispõe a ficar na brecha? Quer ser obediente ao mandado de Deus?

Veja:

Atos 8:26 levanta-te........v:27 -levantou-se e foi
Atos 9:6 levanta-te........v:8 -levantou-se e foi
Atos 9:10 levanta-te........v:17 -levantou-se e foi

PARTE - 2
PREPARAÇÃO

Já’ sabemos da necessidade do:

a) Por que evangelizarmos Marcos 16:15
b) Quando evangelizarmos II Timoteo 4:2
c) Onde evangelizarmos Atos 20:20
d) Para que evangelizarmos Ezequiel 3:18
e) O que evangelizarmos Romanos 1:16


Mas o “como” evangelizar, muitos de nós não sabemos! Nesta parte iremos mostrar ao crente como proceder no evangelismo pessoal. Já vimos que o melhor preparo é o crente se revestir com o poder de Deus, sem o qual não poderá responder como Samuel (I Samuel 3:10). Passaremos agora para a preparação de um evangelista. Mas...


ANTES DE COMEÇAR

Como vai sua aparência?

Você já parou para analisar como os mórmons se apresentam diante das pessoas? Pessoalmente nunca vi um mórmon com o cabelo despenteado ou com tênis e calcas Jeans sair para evangelizar.E as testemunhas de Jeová? Fazem questão de se apresentarem bem vestidas! Sabe porquê? Por que as seitas sabem que a primeira impressão é a que fica.Por que nos servos de Deus temos que ser diferentes?Pense nisso: “ EU E VOCÊ SOMOS OS CARTÕES POSTAIS DE NOSSAS IGREJAS ”, e as pessoas sabem disso! Imagine se um vendedor de salgados batesse a sua porta para lhe vender seu produto e você percebesse que suas unhas estão compridas, cabelos despenteados, roupas não muito limpas, barba mal feita; você compraria tal produto? Creio que não, não é verdade?
Infelizmente acontece quase a mesma coisa com membros de nossas igrejas que saem de porta em porta a evangelizar, não se dão conta que as pessoas dão muita importância `aquela conhecida frase: “ O mundo trata melhor quem se veste bem ”.Não estou querendo dizer com isso que o homem tenha que vestir terno e gravata e a mulher tenham que ir ao salão de beleza antes de sair para o evangelismo!De modo algum, mas não podemos descuidar de nossa aparência pessoal. Muitos confundem o que é humildade, acham que precisam vestir a roupa mais velha que tem para poder dizer que são humildes,nada mais longe da verdade.Ha’ pessoas que são muito humildes que se vestem bem, e pessoas muito orgulhosas que se vestem relaxadamente.
Homens: Barba feita, se possível roupa social, camisa por dentro das calcas,unhas cortadas,higiene bucal bem feita (pois no evangelismo pessoal você terá’ que conversar cara-a-cara com a pessoa a ser evangelizada,creio que ninguém ira’ gostar de conversar com alguém que solta bafo de cebola em seu rosto ou lhe mostre restos de alimento em seus dentes)sapatos limpos,camisa com os botões fechados,não chupar balas ou chicletes quando estiver conversando etc...
Mulheres: Cabelo preso, higiene feita (de preferência não evangelizar de calças compridas, você já notou as mulheres testemunhas de Jeová? Nenhuma usa calça compridas ao sair para evangelizar ou como dizem: “sair ao campo”.Não fica bem !) e as demais regras gerais...


CUIDE DE SUAS FERRAMENTAS

Quais são as ferramentas de trabalho de um evangelista? Basicamente são duas: Bíblia e folhetos. Lembro-me certa vez quando estava evangelizando, e passando por uma rua estavam dois meninos, um virou para o outro e apontando para minha Bíblia disse: “Oia fulano, a Bibria dele é veia e a du outro é nova”. Não é preciso dizer que fiquei deveras envergonhado!
A Bíblia: A Bíblia de um evangelista tem que estar em condições de uso, não caindo aos pedaços ou cheia de papeis que mal da’ para fechá-la! Se possível sublinhar os principais versículos que tratam sobre a salvação, fé,pecado,amor de Deus etc... Ninguém consegue guardar todos os versículos na mente por isso uma Bíblia sublinhada seria muito útil no evangelismo.
Os folhetos: Uma das ferramentas que menos damos importância são os folhetos.A literatura impressa é uma arma poderosa no evangelismo pessoal.Poderá’ ser que alguém queira discutir com você,mas com um folheto ninguém discutira’.Entretanto precisamos tomar alguns cuidados com os folhetos.
a) Ao sair para o evangelismo não amasse os folhetos, se possível ponha-o em uma pasta onde eles poderão ficar sempre no estado em que você os comprou.Ninguém gosta de ler um folheto todo amassado. É horrível!!
b) Não deixe-os ficar molhados com o suor de suas mãos, sempre entregue-os em perfeito estado ao pecador.
c) Prefira folhetos coloridos, que chamam a atenção.As vezes é preferível pagar um pouco mais em um folheto atraente, do que em um outro, mais barato, que ninguém ira’ se interessar.Existem várias editoras no Brasil que possuem catálogos de folhetos, é sempre útil ao evangelista possuir um ou mais catálogos para sempre se dispor de variedades.
d) Entregue o folheto apropriado `a pessoa certa.Por exemplo: a um jovem não entregue um folheto que serviria para uma criança e vice-versa Os folhetos são como remédios, para cada tipo de enfermidade, um tipo de medicamento.Assim também são os folhetos.Para um doente um folheto que fale sobre cura, a uma pessoa aflita,um folheto que fale sobre esperança.O evangelista pessoal deve sempre ter em mãos vários tipos de folhetos (Eu por exemplo, possuo uma coleção com vários títulos,desta maneira posso sempre saber qual vou usar em cada ocasião) .
e) Leia sempre a mensagem de todos eles, você precisa saber do que se trata para falar ao pecador.
f) O folheto deve sempre ter atrás, o carimbo da igreja com o endereço e dias de culto de modo legível.
Quantos testemunhos ha’ de pessoas que se converteram através de um folhetinho!


COMO ENTREGAR UM FOLHETO

a) Entregue o folheto sempre sorrindo.Um evangelista nunca ira’ conquistar uma alma oferecendo-lhe um folheto com a cara fechada ou sem mesmo olhar na pessoa! Portanto, seja jovial.
b) Entregue o folheto debaixo de oração. Ora antes, durante e depois de entregá-lo.Os demônios fazem de tudo para atrapalhar a obra de evangelização.
c) Não force ninguém a pegar o folheto.Quando a pessoa rejeitar não tente forçá-la, isso só’ piora a situação, mesmo por que, a pessoa esta no direito dela de rejeitá-lo. Nesse ínterim agradeça de modo gentil e não a ameace com versículos bíblicos ou coisas do gênero.


COMO PREPARAR UM GRUPO DE EVANGELISMO

Ha’ um grande inimigo da igreja que deseja ganhar almas! Ele não permite que seus membros se disponham na obra do evangelismo pessoal, de maneira sistemática, continua e primordial. Este inimigo é: atividades demais.

O Maior Problema:

Atividades demais é o maior problema na igreja atual é a arma que o inimigo usa para barrar o crescimento da igreja. Algo que deveria ser secundário na vida da igreja, tornou-se a coisa principal e o pior de tudo é que muitas dessas atividades acabaram virando tradição no seio das igrejas, e não pretendem sair tão fácil. Sim, louvar a Deus é bom, mas fomos chamados a ganharmos almas, Jesus não disse “ide e louvai” mas antes “ide e pregai o evangelho”.Hoje muitos se escondem atrás da fachada de músicos, pregador, aliás, pregador de igrejas é o que não falta, às paredes das igrejas são os locais mais evangelizados do mundo!Mas ninguém quer ir lá’ fora no sol quente pescar; esperam que os peixes venham limpos! Certamente que Deus deu dons a igreja como pastores, doutores, ajudadores, cantores etc... mas não encontramos nenhum apoio bíblico para que essas pessoas não evangelizem. Antes de um pastor ser um pastor, ele tem que ser antes de tudo um evangelista pessoal ganhador de almas, e o mesmo se aplica aos músicos e outros cargos dentro da igreja. Enquanto não percebermos que a tarefa principal da igreja é ganhar almas, continuaremos a contentarmos com uma igreja fraca e vazia, cheia de departamento de louvores, mas sem nenhum pecador salvo,sendo que o maior louvor é quando uma alma se converte Lucas 15:7 ; Apocalipse 5:9,10.


FORMANDO UMA EQUIPE

Se conseguir levar a igreja toda ao evangelismo, isto será maravilhoso, caso contrário terá que usar o método que Deus mostrou a Gideão. Muitos dentro de nossas igrejas estão dentro de uma dessas categorias descritas abaixo:
Categoria Tomé: São aquelas que duvidam de tudo, por isso não saem para evangelizar e não conseguem crer que Deus poderá dar uma grande quantidade de peixes, mas estão completamente enganadas Lucas 5:4,5,6.
Categoria do filho desobediente: São aqueles que se aprontam dão o nome, se entusiasmam, mas nunca aparecem Mateus 21:28,29,30
Categoria de Isaías: Estes sim estão prontos a fazerem a obra de Deus, pois sempre dirão: “Eis me aqui Senhor, usa-me a mim”
Eles podem ser poucos, no entanto, são o s que darão resultado, pois estão dispostos, custe o que custar a fazer a obra de Deus.
Então com esta equipe formada, reine-a o mais arduamente possível. Tenha ordem e disciplina no que faz e acima de tudo não seja somente um chefe, mas um líder exemplo.


DEPOIS DO EVANGELISMO

Depois de ganhar almas, não as deixe a mercê da sorte, mas crie para elas um departamento de discipulado dentro da igreja. Onde poderão fazer perguntas e ter a chance de se expressarem. Mas cuidado, não coloque qualquer pessoa para este cargo, prefira pessoas que conheçam bem a Bíblia e que seja sábia no tratamento com tais indivíduos. Geralmente, os pecadores vêem feridos (com traumas, preconceitos, complexos, etc...) para o aprisco e é necessário que o pastor saiba aplicar os tipos certos de remédios para cada tipo de ferimento.
Portanto...
AGORA O MUNDO É SEU!!!

Há um lugar para você na Evangelização

Há um lugar na evangelização esperando você: ir ao campo missionário, sustentar missões financeiramente ou orar pelo sucesso da evangelização.
Leia, a seguir, o excelente artigo de Dick Eastman, Presidente Internacional da CML.
"URGENCIA E RESPONSABILIDADE
Ao comissionar seus discípulos para a evangelização do mundo, Jesus estava entregando-lhes total responsabilidade pela tarefa.
O cumprimento literal desta tarefa somente é possível quando cada crente reconhece que é um comissionado para participar desta importante obra.
Mesmo que o nosso envolvimento não signifique deslocar-se para a Ásia, ou para a África, ou qualquer outro lugar, o nosso não envolvimento em qualquer aspecto do IDE de Jesus é um verdadeiro "crime espiritual".
Nas nossas mãos
Um importante aviso nos é dado através de Ezequiel 3:18,19:
"Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; se não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, a fim de salvares a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniqüidade; mas o seu sangue, da tua mão o requererei. Contudo se tu avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu mau caminho, ele morrerá na sua iniqüidade; mas tu livraste a tua alma".
Está claro que a obra de evangelização do mundo está inteiramente em nossas mãos - nas minhas mãos, nas suas mãos.
Há três níveis em que podemos nos envolver nesta responsabilidade:
1) Podemos ir fisicamente
Alguns são chamados para um campo missionário, para um envolvimento específico na evangelização de linha de frente.
Todo crente, todavia, é um missionário em potencial, no sentido de IR.
Todos somos chamados para tomar parte ativa na propagação das Boas Novas.
Há uma velha pergunta que diz: "Se não eu, quem? Se não agora, quando?"
Há grandes bênçãos e oportunidades para todo aquele que se dispõe a IR.
Podemos participar de equipes e viagens missionárias, podemos dedicar nossas férias e tempo livre para a evangelização, podemos ajudar como voluntários em pequenos serviços na própria igreja e em organizações missionárias.
Você já se dispôs a ajudar INDO?
2) Podemos ir financeiramente
Podemos ir através de nossas ofertas.
Sem sustentadores não há trabalhadores.
Os que se dedicam a sustentar a obra do Senhor estão ajudando a equipar e manter o trabalho.
Quando Paulo disse aos crentes em Roma: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo", fez a seguir uma pergunta significativa: "Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão se não há quem pregue? e como pregarão, se não forem enviados?"
3) Podemos ir sobrenaturalmente
De joelhos.
É igualmente vital a ajuda daqueles que vão através da oração.
O intercessor ajuda a suprir espiritualmente os obreiros de primeira linha, assim como o que contribui financeiramente ajuda a suprir materialmente.
A oração está no centro de tudo o que envolve a Grande Comissão.
O seu envolvimento na Grande Comissão pode estar tão perto quanto os poucos passos que o levarão ao seu quarto de oração ou à sua disposição em contribuir.
Trabalhar
enquanto é dia, a noite vem

Na parábola da grande ceia (Lucas 14:16-23) destacam-se as palavras "sai depressa para as ruas".
Jesus dá ênfase à urgência. Em João 9:4 Ele diz: "Importa que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar."
Do momento em que você estiver lendo estas palavras até esta mesma hora amanhã, milhares de pessoas ao redor do mundo, já terão partido para a eternidade.
Esta urgência tem nos motivado a perseverar na anunciação das Boas Novas através de nossos obreiros e colaboradores, levando milhares de vidas, no Brasil e no mundo, ao conhecimento do Evangelho.
Participe conosco desta obra missionária, seja um colaborador!
Dick Eastman Presidente Internacional da CML"

Onde Evangelizar

Para saber onde evangelizar, para quem Jesus mandou anunciar o evangelho e como realizar a evangelização em situações especiais.
A indicação mais clara de onde evangelizar foi dada por Jesus, quando disse:
"Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra" (Atos 1:8).
Jerusalém, Judéia e Samaria e confins da terra
Jerusalém pode significar as pessoas que vivem conosco: nossos familiares, vizinhos, colegas de escola e de trabalho.
Judéia e Samaria; as pessoas próximas de nós, mas com as quais não temos contato: as pessoas dos bairros e das cidades próximas.
Confins da terra representaria as pessoas mais distantes, moradoras de outros estados e países.
O Evangelho para todos
Jesus não despreza qualquer ser humano, mas quer que todos ouçam a mensagem do Evangelho.
Assim, a igreja de Jesus deve dedicar atenção a todas as pessoas, dedicando-se a evangelizar em todos os lugares.
Jesus também disse:
"Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15).
Onde evangelizar?
Então, onde evangelizar?
Vamos examinar o Novo Testamento.
Vamos ver em quais lugares os primeiros evangelizadores, a começar por Jesus, anunciaram o Evangelho.
Abra a sua Bíblia em Lucas 8:1 e você verá Jesus pregando o evangelho nas cidades e aldeias.
Em Atos 5:42, os discípulos anunciando a Jesus Cristo no templo e nas casas.
Em Atos 16:31, Paulo e Silas pregando o Evangelho na prisão.
E no mesmo livro de Atos, agora 8:29, o diácono Filipe pregando durante uma viagem.
Em II Timóteo 4:2, Paulo recomenda a Timóteo:
"que pregues a palavra, que instes a tempo e fora de tempo...".
Assim, o plano de evangelização da igreja do Senhor Jesus Cristo deve ser:
todas as pessoas em todos os lugares
Alguns lugares
Como exemplos, relacionamos alguns lugares onde se pode anunciar o Evangelho.
Podendo ser por contato pessoal ou oferecendo literatura evangelística (folhetos evangelisticos, evangelho, revistas bíblicas, Bíblias, etc.):

  • nas filas: comércio, ônibus, bancos,
  • nas portas: de bancos, de escolas, de feiras, de estádios, de estações,
  • nas festas: religiosas, esportivas


Outras maneiras de evangelizar
Você pode evangelizar usando outros meios, como:

  • reuniões em casas de família,
  • enviando mensagens para amigos pela internet,
  • enviando cartas a familiares e pessoas conhecidas,
  • emprestando filmes com temas do Evangelho,
  • presenteando pessoas com CDs de música evangélica de boa qualidade,
  • contribuindo com programas de rádio/tv com objetivos de evangelização,
  • ajudando na manutenção de missionários e evangelizadores,
  • dedicando-se à oração em favor dos que atuam em missões e evangelização.


Pessoas internadas
A evangelização também pode ser feita usando métodos especiais para alcançar pessoas que estão em regime de internato:

  • hospitais,
  • casas de recuperação,
  • cadeias, presídios,
  • asilos, orfanatos e creches.


Não se esqueça de sempre observar as normas do local onde você entrar, assim como a legislação local sobre a distribuição de panfletos.
Eu quero evangelizar, Senhor Jesus!
Você pode acrescentar outros lugares e meios a essa lista.
À medida que se dedicar à nobre tarefa de evangelização, o Espírito Santo lhe abrirá novas portas.
E lhe conduzirá a lugares onde o Evangelho necessita ser pregado.
Para que isso aconteça fique disponível para Deus.Porque o evangelismo pessoal é importante
Evangelismo pessoal ou evangelização somente pelo rádio e tv, Jesus chamou os anjos ou os homens para a nobre tarefa do evangelismo?
O Plano de Jesus para a evangelização
Conta-se que após Jesus realizar a obra salvadora aqui na terra, completada com a sua morte e sua ressurreição, subiu ao céu e encontrou-se com um anjo.
Este lhe perguntou o que seria da igreja que ele havia iniciado, já que subira ao céu e fisicamente não poderia mais estar presente no mundo e dar continuidade à sua obra.
Jesus respondeu:
“Preparei e deixei na terra os meus discípulos, formando uma igreja, eles continuarão a minha obra e prepararão outros que farão o mesmo, até a minha volta”.
Insistiu o anjo:
“Mas, Senhor, tu deixastes uma obra tão nobre e importante como essa, de salvação das almas da perdição eterna, pela qual sofrestes e entregastes a tua vida, nas mãos de homens?”.
A estas palavras, Jesus completou:
“Não tenho outro plano”.
Evangelismo pela TV ou evangelismo pessoal?
Veja como o Evangelho tem se expandido ao longo dos tempos, a começar pelo livro de Atos dos Apóstolos e chegando até aos nossos dias.
Certamente tal expansão muito se deveu ao evangelismo pessoal, isto é pessoa falando com pessoa.
Grandes concentrações e programas de rádio e de TV podem agregar multidões para ouvir a Palavra de Deus.
Mas, o contato pessoa a pessoa sempre será o canal principal para levar Jesus às almas necessitadas.
Assim aconteceu no ministério de Jesus.
O Mestre gastava muito do seu tempo falando a poucas pessoas.
E assim também preparava os discípulos para continuarem a evangelização do mundo.
A mulher samaritana, um exemplo
Veja quanto tempo Jesus se deteve com a mulher samaritana, num longo diálogo!
E qual o resultado?
Ela foi à cidade e anunciou aos seus habitantes tudo o que tinha ouvido.
E diz a Bíblia: "muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele (em Jesus), pela palavra da mulher" (João 4:39).
Temos aqui exemplos de evangelismo pessoal, tanto de Jesus como da mulher samaritana.
Esta mulher se dedicou à evangelização no mesmo dia que creu em Jesus.
Observe como as pessoas se achegam a Jesus.
Talvez também tenha acontecido com você ou com os salvos que você conhece.
Na maioria das vezes, tudo se iniciou com um contato pessoal, seguido por um convite para ir à igreja.
Evangelismo pessoal, a sublime tarefa que Jesus entregou, não a anjos, mas a homens e a mulheres tais como você e eu.

Evangelismo

Como podem os Cristãos envolver-se no evangelismo? Eles devem pessoalmente assumir a responsabilidade de transmitir o evangelho. A Bíblia diz em Mateus 9:37-38 “Então disse a seus discípulos: Na verdade, a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.”
O evangelismo é um trabalho para todos os Cristãos em todo o mundo. A Bíblia diz em Mateus 28:19-20 “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”
Compartilhar Jesus Cristo com outros deve ser parte do nosso estilo de vida. A Bíblia diz em Colossenses 1:26-29 “O mistério que esteve oculto dos séculos, e das gerações; mas agora foi manifesto aos seus santos, a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória; o qual nós anunciamos, admoestando a todo homem, e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo; para isso também trabalho, lutando segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente.”
As Boas Novas devem ser pregadas em toda a parte antes de Jesus voltar. A Bíblia diz em Mateus 24:14 “E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.”
Não precisa ser sofisticado, ou ter muitos diplomas para compartilhar Jesus Cristo com outros. A Bíblia diz em 1 Coríntios 2:1-5 “E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder; para que a vossa fé não se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.”
Deus nos chama a ser representantes de Jesus. A Bíblia diz em 2 Coríntios 5:20 “De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus.”
Evangelismo é falar sobre Cristo, mas é também ser um modelo da verdade. A Bíblia diz em Marcos 16:15 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.” . A Bíblia diz em João 13:35 “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.”
Evangelismo é mais que pregar e dar testemunho. A Bíblia diz em Isaías 61:1 “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos.”

Evangelismo Eficaz & Ineficaz

1- EVANGELISMO INEFICAZ

Observando a história da Igreja, nos diversos países e nas várias culturas no passado e no presente, vemos que a forma de evangelização e o seu conteúdo estão ligados diretamente ao contexto cultural da nação. O conteúdo das Igrejas evangélicas é bíblico, no entanto, a forma de transmissão da mensagem tem grande variação e, muitas vezes, perde a sua autenticidade, a verdade maior. Olhando, especificamente, para o Brasil, notamos que o evangélico brasileiro foi preparado para três tipos de evangelismo: a) Evangelismo anti-catolicismo Nossos crentes foram treinados e já passaram para outra geração, uma forma de evangelização contra o catolicismo, baseado, principalmente, no combate à idolatria e outros costumes católicos. A essência do evangelho é colocada em segundo plano e o ataque frontal e até violento às doutrinas pagãs e católicas assume lugar prioritário dentro do nosso plano de evangelismo. b) Evangelismo condenatório Acompanhando o ataque à idolatria católica, veio a mensagem de condenação, ou seja, é raro um não-crente, no Brasil, não ter ouvido, pelo menos, uma vez na sua vida que já está no inferno. O chavão “sou salvo” causou muita revolta entre os brasileiros que não entendem o porquê de tanta presunção, se comemos “feijão com arroz” como eles. A questão não é dizer que está salvo, mas, em primeiro lugar, mostrar o por quê afirmamos isso. Condenar, julgar menosprezar, sentir-se espiritualmente superior, sempre foram ingredientes bem presentes na evangelização dos crentes brasileiros. c) Ataques aos efeitos Com os ataques ao catolicismo e um evangelismo condenatório, vieram os confrontos aos efeitos do pecado na vida do homem. É comum ouvirmos nos programas de rádio e televisão, nos púlpitos das igrejas, nos mais variados cultos e na evangelização pessoal frases como essas: - Você tem um vazio no coração e só Deus pode preencher! - Pare de sofrer! - Se você tem um fardo nas costas venha a Jesus. - Se está angustiado. É preso ao vício. Está sem esperança...Jesus o libertará. - Só Jesus é a solução. A principal mensagem do Evangelho, que é voltada para o pecado do homem e sua separação de Deus, no geral, não é abordada. E se passa o tempo inteiro falando, apenas, dos efeitos do pecado na vida humana.

2- EVANGELISMO EFICAZ

O desejo de evangelizar brota no coração por obra do Espírito Santo. O maior problema que afeta as nossas igrejas hoje é falta de um verdadeiro novo nascimento. Muitos crentes estão nominais ou carnais, como as características reveladas em 1 Co 3.1-4, Rm 8.5-8, Gl 5.19-21. Os nascidos de Deus não estacionam na sua experiência de salvação, mas procuram o revestimento e a plenitude do Espírito Santo (Ef 5.18, Gl 3.14). O novo nascido evangeliza por amor e com poder. Sua preocupação será com o perdido e seu destino eterno, sente-se inquieto e insatisfeito se não evangelizar. Portanto, alguns modelos eficazes de evangelismo são: I) Evangelismo pessoal Neste evangelismo, como nos outros, é necessário o conhecimento da Palavra de Deus, oração (buscando a ajuda do Senhor), unção do Espírito Santo e consagração. Devemos fazer durante a evangelização o seguinte: evitar longas conversas; evitar atrasos; não utilizar frases decoradas ou vazias; ter cuidado com perguntas indiscretas; é bom além do conhecimento bíblico, ter conhecimentos gerais, encontrando-se atualizado com a nossa realidade; demonstrar sensibilidade aos sofrimentos e a necessidade, sem perder de vista que a necessidade maior é a salvação; ao encerrar, sempre orar. II) Evangelismo em presídios Não há crime que o sangue de Jesus não possa purificar, nem que Sua morte na cruz não possa pagar. Baseado nesta verdade, muitos grupos protestantes têm feito trabalhos evangelísticos em várias prisões no Brasil. Vários são os frutos destes trabalhos. Muitas conversões de bandidos perigosos impactaram até mesmo os diretores de alguns presídios que, numa atitude iluminada por Deus, criaram pavilhões exclusivos para os recuperados pelo poder de Jesus Cristo. Devemos seguir algumas orientações na evangelização de presos, tais como: não trate-o como um ser anormal; nunca tome a iniciativa de vasculhar o seu passado; contribua com donativos (roupas, remédios); leve sempre mensagens que enfoquem esperança de restauração, reconciliação com Deus (2 Co 5.17-19, Rm 8.1, Jo 1.9); cite exemplos bíblicos de pessoas que foram restauradas pelo poder de Deus (por exemplo: a conversão de Paulo). III) Evangelismo em hospitais Ocasiões de desespero, tristeza, enfermidades oferecem ao obreiro cristão excelente oportunidade de prestar assistência espiritual. A pessoa enferma, geralmente se torna mais receptiva do que em qualquer outra ocasião. A nossa função é acompanhar o enfermo fortalecendo-o, encorajando-o, dando conforto e assistência espiritual. Quem evangeliza em hospitais deve executar o objetivo de seu trabalho e não incorrer no erro de priorizar a cura do enfermo em detrimento da exposição da Palavra. Nem sempre Deus quer curar, mas, com certeza Deus quer salvar. A sua visita deve levar naturalmente muitos benefícios ao enfermo, tais como: atitude positiva, tranqüilidade, segurança, amor e perdão, otimismo, esperança. IV) Evangelismo em massa Este tipo de evangelismo tem como objetivo atingir o maior número de pessoas possível. Foi a forma de evangelismo empregada pela Igreja Primitiva, foi também a praticada por Jesus e é bastante usada nos nossos dias. Para montarmos um evento em massa precisamos: formular o objetivo (Lc 14.28-32), conseguir a unidade da equipe (Jo 17.21-23 e At 3.32), um líder e uma pequena equipe para estruturar (Lc 14.28), um preletor específico e local para a pregação, formar equipes (tais como: equipes estrutural, de divulgação, financeira, de recepção, de aconselhamento, de louvor, de oração, de primeiros socorros). Algumas atividades do líder da campanha seriam: várias reuniões com todas as equipes (de cunho espiritual e as de fim administrativo), distribuir tarefas específicas para cada equipe e acompanhar o desenvolvimento das tarefas, está preparado para agir em qualquer eventualidade, reunir todas as equipes para fazer uma avaliação final e verificar os frutos da campanha de evangelismo. Que possamos nos dispor para trabalhar para o Senhor, sendo canais de bênçãos para aqueles que não conhecem a Palavra da Salvação. Que possamos levar a Palavra de forma eficaz.

CREMOS

1- EM UM SÓ DEUS, ETERNAMENTE SUBSISTENTE EM TRÊS PESSOAS:

O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO (DT 6.4; MT 28.19 E MC 12.29).

2- NA INSPIRAÇÃO VERBAL DA BÍBLIA SAGRADA, ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ NORMATIVA PARA A VIDA E O CARÁTER CRISTÃO (2TM 3.14-17).

3- NA CONCEPÇÃO VIRGINAL DE JESUS, EM SUA MORTE VICÁRIA E EXPIATÓRIA, EMSUA RESSURREIÇÃO CORPORAL DENTRE OS MORTOS E SUA ASCENÇÃO VITORIOSA AOS CÉUS (IS 7.14; RM 8.34 E AT 1.9).

4- NA PECAMINOSIDADE DO HOMEM QUE O DESTITUIU DA GLÓRIA DE DEUS, E QUE SOMENTE O ARREPENDIMENTO E A FÉ NA OBRA EXPIATÓRIA E REDENTORA DE JESUS CRISTO É QUE PODE RESTAURAR A DEUS (RM 3.23 E AT 3.19).

5- NA NECESSIDADE ABSOLUTA DO NOVO NASCIMENTO PELA FÉ EM CRISTO E PELO PODER ATUANTE DO ESPÍRITO SANTO E DA PALAVRA DE DEUS, PARA TORNAR O HOMEM DIGNO DO REINO DOS CÉUS(JO 3.3-8).

6- NO PERDÃO DOS PECADOS, NA SALVAÇÃO PRESENTE E PERFEITA E NA ETERNA JUSTIFICAÇÃO DA ALMA RECEBIDOS GRATUITAMENTE DE DEUS PELA FÉ NO SACRIFÍCIO EFETUADO POR JESUS CRISTO EM NOSSO FAVOR (AT 10.43; RM 10.13; 3.24-24-26 E HB 7.25; 5.9).

7- NO BATISMO BÍBLICO EFETUADO POR IMERSÃO DO CORPO INTEIRO UMA SÓ VES EM ÁGUAS, EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPIRÍTO SANTO, CONFORME DETERMINOU O SENHOR JESUS CRISTO (MT 28.19; RM 6.1-6 E CL 2.12).

8- NA NECESSIDADE E NA POSSIBILIDADE QUE TEMOS DE VIVER VIDA SANTA MEDIANTE A OBRA EXPIATÓRIA E REDENTORA DE JESUS NO CALVÁRIO, ATRAVÉS DO PODER REGENERADOR, INSPIRADOR E SANTIFICADOR DO ESPÍRITO SANTO, QUE NOS CAPACITA A VIVER COMO FIÉIS TESTEMUNHAS DO PODER DE CRISTO (HB 9.14 E 1PD 1.15).

9- NO BATISMO BÍBLICO NO ESPÍRITO SANTO QUE NOS É DADO POR DEUS MEDIANTE A INTERCESSÃO DE CRISTO, COM A EVIDÊNCIA INICIAL DE FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS, CONFORME A SUA VONTADE (AT 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7).

10- NA ATUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS DISTRIBUÍDOS PELO ESPÍRITO SANTO À IGREJA PARA SUA EDIFICAÇÃO, CONFORME SUA SOBERANA VONTADE (CO 12.1-12).

11- NA SEGUNDA VINDA PREMILENIAL DE CRISTO, EM DUAS FASES DISTINTAS. PRIMEIRA - INVISÍVEL AO MUNDO, PARA ARREBATAR A SUA IGREJA FIEL DA TERRA, ANTES DA GRANDE TRIBULAÇÃO; SEGUNDA - VISÍVEL E CORPORAL, COM SUA IGREJA GLORIFICADA, PARA REINAR SOBRE O MUNDO DURANTE MIL ANOS (1TS 4.16, 17; 1CO 15.51-54; AP 20.4; ZC 14.5 E JD 14).

12- QUE TODOS OS CRISTÃOS COMPARECERÃO ANTE O TRIBUNAL DE CRISTO, PARA RECEBER A RECOMPENSA DOS SEUS FEITOS EM FAVOR DA CAUSA DE CRISTO NA TERRA (2CO 5.10).

13- NO JUÍZO VINDOURO QUE RECOMPENSARÁ OS FIÉIS E CONDENARÁ OS INFIÉIS (AP 20.11-15).

14- E NA VIDA ETERNA DE GOZO E FELICIDADE PARA OS FIÉIS E DE TRISTEZA E TORMENTO PARA OS INFIÉIS (MT 25.46).

Escola Dominical

“A minúscula semente de mostarda que se transformou numa grande árvore”

Sentado a sua mesa de trabalho num domingo em outubro de 1780 o dedicado jornalista, Robert Raikes procurava concentrar-se sobre o editorial que escrevia para o jornal de Gloucester, de propriedade de seu pai. Foi difícil para ele fixar a sua atenção sobre o que estava escrevendo pois os gritos e palavrões das crianças que brincavam na rua, debaixo da sua janela, interrompiam constantemente os seus pensamentos. Quando as brigas tornaram-se acaloradas e as ameaças agressivas, Raikes julgou ser necessário ir à janela e protestar do comportamento das crianças. Todos se acalmaram por poucos minutos, mas logo voltaram às suas brigas e gritos.

Robert Raikes contemplou o quadro em sua frente; enquanto escrevia mais um editorial pedindo reforma no sistema carcerário. Ele conclamava as autoridades sobre a necessidade de recuperar os encarcerados, reabilitando-os através de estudo, cursos, aulas e algo útil enquanto cumpriam suas penas, para que ao saírem da prisão pudessem achar empregos honestos e tornarem-se cidadãos de valor na comunidade. Levantando seus olhos por um momento, começou a pensar sobre o destino das crianças de rua; pequeninos sendo criados sem qualquer estudo que pudesse lhes dar um futuro diferente daquele dos seus pais. Se continuassem dessa maneira, muitos certamente entrariam no caminho do vício, da violência e do crime.

A cidade de Gloucester, no Centro-Oeste da Inglaterra, era um polo industrial com grandes fábricas de têxteis. Raikes sabia que as crianças trabalhavam nas fábricas ao lado dos seus pais, de sol a sol, seis dias por semana. Enquanto os pais descansavam no domingo, do trabalho árduo da semana, as crianças ficavam abandonadas nas ruas buscando seus próprios interesses. Tomavam conta das ruas e praças, brincando, brigando, perturbando o silêncio do sagrado domingo com seu barulho. Naquele tempo não havia escolas públicas na Inglaterra, apenas escolas particulares, privilégio das classes mais abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres ficaram sem estudar; trabalhando todos os dias nas fábricas, menos aos domingos.

Raikes sentiu-se atribulado no seu espírito ao ver tantas crianças desafortunadas crescendo desta maneira; sem dúvida, ao atingir a maioridade, muitas delas cairiam no mundo do crime. O que ele poderia fazer?

Por um futuro melhor

Sentado a sua mesa, e meditando sobre esta situação, um plano nasceu na sua mente. Ele resolveu fazer algo para as crianças pobres, que pudesse mudar seu viver, e garantir-lhes um futuro melhor! Pondo ao lado seu editorial sobre reformas nas prisões, ele começou a escrever sobre as crianças pobres que trabalhavam nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para uma vida melhor. Quanto mais ele escrevia, mais sentia-se empolgado com seu plano de ajudar as crianças. Ele resolveu neste primeiro editorial somente chamar atenção à condição deplorável dos pequeninos, e no próximo ele apresentaria uma solução que estava tomando forma na sua mente.

Quando leram seu editorial, houve alguns que sentiram pena das crianças, outros que acharam que o jornal deveria se preocupar com assuntos mais importantes do que crianças, sobretudo, filhos dos operários pobres! Mas Robert Raikes tinha um sonho, e este estava enchendo seu coração e seus pensamentos cada vez mais! No próximo editorial, expôs seu plano de começar aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática, e religião para as crianças, durante algumas horas de domingo. Fez um apelo através do jornal, para mulheres com preparo intelectual e dispostas a ajudar-lhes neste projeto, dando aulas nos seus lares. Dias depois um sacerdote anglicano indicou professoras da sua paróquia para o trabalho.

O entusiasmo das crianças era comovente e contagiante. Algumas não aceitaram trocar a sua liberdade de domingo, por ficar sentadas na sala de aula, mas eventualmente todos estavam aprendendo a ler, escrever e fazer as somas de aritmética. As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de moral, ética, e educação religiosa. Era uma verdadeira educação cristã.

Robert Raikes, este grande homem de visão humanitária, não somente fazia campanhas através de seu jornal para angariar doações de material escolar, mas também agasalhos, roupas, sapatos para as crianças pobres, bem como mantimentos para preparar-lhes um bom almoço aos domingos. Ele foi visto freqüentemente acompanhado de seu fiel servo, andando sob a neve, com sua lanterna nas noites frias de inverno. Raikes fazia isto nos redutos mais pobres da cidade para levar agasalho e alimento para crianças de rua que morreriam de frio se ninguém cuidasse delas; conduzindo-as para sua casa, até encontrar um lar para elas.

As crianças se reuniam nas praças, ruas e em casas particulares. Robert Raikes pagava um pequeno salário às professoras que necessitavam, outras pagavam suas despesas do seu próprio bolso. Havia, também, algumas pessoas altruistas da cidade, que contribuíam oara este nobre esforço.

Movimento mundial

No começo Raikes encontrou resistência ao seu trabalho, entre aqueles que ele menos esperava – os líderes das igrejas. Achavam que ele estava profanando o domingo sagrado, e profanando as suas igrejas com as crianças ainda não comportadas. Havia nestas aturas, algumas igrejas que estavam abrindo as suas portas para classes bíblicas dominicais, vendo o efeito salutar que estas tinham sobre as crianças e jovens da cidade. Grandes homens da igreja, tais como João Wesley, o fundador do metodismo, logo ingressaram entusiasticamente na obra de Raikes, julgando-a ser um dos trabalhos mais eficientes para o ensino da Bíblia.

As classes bíblicas começaram a se propagar rapidamente por cidades vizinhas e, finalmente, para todo o país. Quatro anos após a fundação, a Escola Dominical já tinha mais de 250 mil alunos, e quando Robert Raikes faleceu em 1811, já havia na Escola Dominical 400 mil alunos matriculados.

A primeira Associação da Escola Dominical foi fundada na Inglaterra em 1785, e no mesmo ano, a União das Escolas Dominicais foi fundada nos Estados Unidos. Embora o trabalho tivesse começado em 1780, a organização da Escola Dominical em caráter permanente, data de 1782. No dia 3 de novembro de 1783 é celebrada a data de fundação da Escola Dominical. Entre as igrejas protestantes, a Metodista se destaca como a pioneira da obra de educação religiosa. Em grande parte, esta visão se deve ao seu dinâmico fundador João Wesley, que viu o potencial espiritual da Escola Dominical, e logo a incorporou ao grande movimento sob sua liderança.

A Escola Bíblica Dominical surgiu no Brasil em 1855, em Petrópolis (RJ). O jovem casal de missionários escoceses, Robert e Sarah Kalley, chegou ao Brasil naquele ano, e logo instalou uma escola para ensinar a Bíblia para as crianças e jovens daquela região. A primeira aula foi realizada no domingo, 19 de agosto de 1855. Somente cinco participaram, mas Sarah, contente com “pequenos começos” contou a história de Jonas, mais com gestos, do que palavras, porque estava só começando a aprender o português. Mas, ela viu tantas crianças pelas ruas, e seu coração almejava ganhá-las para Jesus. A semente do Evangelho foi plantada em solo fértil.

Com o passar do tempo aumentou tanto o número de pessoas estudando a Bíblia, que o missionário Kalley iniciou aulas para jovens e adultos. Vendo o crescimento, os Kalleys resolveram mudar para o Rio de Janeiro, para dar uma continuidade melhor ao trabalho e aumentar o alcance do mesmo. Este humilde começo de aulas bíblicas dominicais deu início à Igreja Evangélica Congregacional no Brasil.

No mundo, há muitas coisas que pessoas sinceras e humanitárias fazem, sem pensar ou imaginar a extensão de influência que seus atos podem ter. Certamente, Robert Raikes nunca imaginou que as simples aulas que ele começou entre crianças pobres, analfabetas da sua cidade, no interior da Inglaterra, iriam crescer para ser um grande movimento mundial. Hoje, a Escola Dominical conta com mais de 60 milhões de alunos matriculados, em mais de 500 mil igrejas protestantes no mundo. É a minúscula semente de mostarda plantada e regada, que cresceu para ser uma grande árvore cujos galhos estendem-se ao redor do globo.

Religião

A Religião (do latim: "religio" usado na Vulgata, que significa "prestar culto a uma divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar") pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que parte da humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças.

Etimologia

A palavra portuguesa religião deriva da palavra latina religio, mas desconhece-se ao certo que relações estabelece religio com outros vocábulos. Aparentemente no mundo latino anterior ao nascimento do cristianismo, religio referia-se a um estilo de comportamento marcado pela rigidez e pela precisão. A palavra "religião" foi usada durante séculos no contexto cultural da Europa, marcado pela presença do cristianismo que se apropriou do termo latino religio. Em outras civilizações não existe uma palavra equivalente. O hinduísmo antigo utilizava a palavra rita que apontava para a ordem cósmica do mundo, com a qual todos os seres deveriam estar harmonizados e que também se referia à correcta execução dos ritos pelos brâmanes. Mais tarde, o termo foi substituído por dharma, termo que atualmente é também usado pelo budismo e que exprime a idéia de uma lei divina e eterna. Historicamente foram propostas várias etimologias para a origem de religio. Cícero, na sua obra De natura deorum, (45 a.C.) afirma que o termo se refere a relegere, reler, sendo característico das pessoas religiosas prestarem muita atenção a tudo o que se relacionava com os deuses, relendo as escrituras. Esta proposta etimológica sublinha o carácter repetitivo do fenómeno religioso, bem como o aspecto intelectual. Mais tarde, Lactâncio (século III e IV d.C.) rejeita a interpretação de Cícero e afirma que o termo vem de religare, religar, argumentando que a religião é um laço de piedade que serve para religar os seres humanos a Deus. No livro "A Cidade de Deus" Agostinho de Hipona (século IV d.C.) afirma que religio deriva de religere, "reeleger". Através da religião a humanidade reelegia de novo a Deus, do qual se tinha separado. Mais tarde, na obra De vera religione Agostinho retoma a interpretação de Lactâncio, que via em religio uma relação com "religar". Macróbio (século V d.C.) considera que religio deriva de relinquere, algo que nos foi deixado pelos antepassados. Independente da origem, o termo é adotado para designar qualquer conjunto de crenças e valores que compõem a de determinada pessoa ou conjunto de pessoas. Cada religião inspira certas normas e motiva certas práticas.

Palavras e Conceitos Relevantes

Existem termos que são ditos/escritos freqüentemente no discurso religioso grego, romano, judeu e cristão. Entre eles estão: sacro e seus derivados (sacrar, sagrar, sacralizar, sacramentar, execrar), profano (profanar) e deus(es). O conceito desses termos varia bastante conforme a época e a religião de quem os emprega. Contudo, é possível ressaltar um mínimo comum à grande parte dos conceitos atribuídos aos termos. Os religiosos gregos e romanos criam na existência de vários deuses; os judeus, maometanos e cristãos acreditam que há apenas uma divindade, um ser impassível de ser sentido pelos sensores humanos e que é capaz de provocar acontecimentos improváveis/impossíveis que podem favorecer ou prejudicar os homens. Para grande parte das religiões, as coisas e as ações se dividem entre sacras e profanas. Sacro é aquilo que mantém uma ligação/relação com o(s) deus(es). Frequentemente está relacionado ao conceito de moralidade. Profano é aquilo que não mantém nenhuma ligação com o(s) deus(es). Da mesma forma, para grande parte das religiões a imoralidade e o profano são correspondentes. Já o verbo "profanar" (tornar algo profano) é sempre tido como uma ação má pelos religiosos.

Conceito de Religião

Dentro do que se define como religião pode-se encontrar muitas crenças e filosofias diferentes. As diversas religiões do mundo são de fato muito diferentes entre si. Porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre todas elas. É fato que toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades ou deuses. As religiões costumam também possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a morte. A maior parte crê na vida após a morte. A religião não é apenas um fenômeno individual, mas também um fenômeno social. A igreja, o povo escolhido (o povo judeu), o partido comunista, são exemplos de doutrinas que exigem não só uma fé individual, mas também adesão a um certo grupo social. Atentem, por exemplo, às perseguições do Partido Comunista Chinês à seita Falun Gong. O Partido Comunista Chinês entende que a religião não seja necessária a sociedade chinesa. A idéia de religião com muita frequência contempla a existência de seres superiores que teriam influência ou poder de determinação no destino humano. Esses seres são principalmente deuses, que ficam no topo de um sistema que pode incluir várias categorias: anjos, demônios, elementais, semideuses, etc. Outras definições mais amplas de religião dispensam a idéia de divindades e focalizam os papéis de desenvolvimento de valores morais, códigos de conduta e senso cooperativo em uma comunidade. Ateísmo é a negação da existência de qualquer tipo de deus e da veracidade de qualquer religião teísta. Agnosticismo é a dúvida sobre a existência de deus e sobre a veracidade de qualquer religião teísta, por falta de provas favoráveis ou contrárias. Deísmo é a crença num deus que só pode ser conhecido através da razão, e não da fé e revelação. Algumas religiões não consideram deidades, e podem ser consideradas como ateístas (apesar do ateísmo não ser uma religião, ele pode ser uma característica de uma religião). É o caso do budismo, do confucionismo e do taoísmo. Recentemente surgiram movimentos especificamente voltados para uma prática religiosa (ou similar) da parte de deístas, agnósticos e ateus - como exemplo podem ser citados o Humanismo Laico e o Unitário-Universalismo. Outros criarão sistemas filosóficos alternativos como August Comte fundador da Religião da Humanidade. As religiões que afirmam a existência de deuses podem ser classificadas em dois tipos: monoteísta ou politeísta. As religiões monoteístas (monoteísmo) admitem somente a existência de um único deus, um ser supremo. As religiões politeístas (politeísmo) admitem a existência de mais de um deus. Atualmente, as religiões monoteístas são dominantes no mundo: judaísmo, cristianismo e Islão juntos agregam mais da metade dos seres humanos e quase a totalidade do mundo ocidental. A Fé Bahá'í é uma religião monoteísta.

Características das religiões

Embora cada religião apresente elementos próprios, é também possível estabelecer uma série de elementos comuns às várias religiões e que podem permitir uma melhor compreensão do fenómeno religioso. As religiões possuem grandes narrativas, que explicam o começo do mundo ou que legitimam a sua existência. O exemplo mais conhecido é talvez a narrativa do Génesis na tradição judaica e cristã. Quanto à legitimação da existência e da validade de um sistema religioso, este costuma apelar a uma revelação ou à obtenção de uma sabedoria por parte de um fundador, como sucede no budismo, onde o Buda alcançou a iluminação enquanto meditava debaixo de uma figueira ou no Islão, em que Muhammad recebeu a revelação do Corão de Deus.

As religiões tendem igualmente a sacralizar determinados locais. Os motivos para essa sacralização são variados, podendo estar relacionados com determinado evento na história da religião (por exemplo, a importância do Muro das Lamentações no judaísmo) ou porque a esses locais são associados acontecimentos miraculosos (santuários católicos de Fátima ou de Lourdes) ou porque são marcos de eventos religiosos relacionados à mitologia da própria religião (monumentos megalíticos, como Stonehenge, no caso das religiões pagãs). Na antiga religião grega, os templos não eram locais para a prática religiosa, mas sim locais onde se acreditava que habitava a divindade, sendo por isso sagrados. As religiões estabelecem que certos períodos temporais são especiais e dedicados a uma interacção com o divino. Esses períodos podem ser anuais, mensais, semanais ou podem mesmo se desenrolar ao longo de um dia. Algumas religiões consideram que certos dias da semana são sagrados (Shabat no judaísmo ou o Domingo no cristianismo), outras marcam esses dias sagrados de acordo com fenômenos da natureza, como as fases da lua, na religião Wicca, em que todo primeiro dia de lua cheia esbat é considerado sagrado. As religiões propõem festas ou períodos de jejum e meditação que se desenvolvem ao longo do ano.

O estudo da religião

História do estudo da religião

As primeiras reflexões sobre a religião foram feitas pelos antigos Gregos e Romanos. Xenofonte relativizou o fenómeno religioso, argumentando que cada cultura criava deuses à sua semelhança. O historiador grego Heródoto descreveu nas suas Histórias as várias práticas religiosas dos povos que encontrou durante as viagens que efectuou. Confrontado com as diferenças existentes entre a religião grega e a religião dos outros povos, tentou identificar alguns deuses das culturas estrangeiras com os deuses gregos. O sofista Protágoras declarou desconhecer se os deuses existiam ou não, posição que teve como consequências a sua expulsão de Atenas e o queimar de toda a sua obra. Crítias defendeu que a religião servia para disciplinar os seres humanos e fazer com que estes aderissem aos ideais da virtude e da justiça. Júlio César e o historiador Tácito descreveram nas suas obras as práticas religiosas dos povos que encontraram durante as suas conquistas militares. Nos primeiros séculos da era actual, os autores cristãos produziram reflexões em torno da religião fruto dos ataques que experimentaram por parte dos autores pagãos. Estes criticavam o facto desta religião ser recente quando comparada com a antiguidade dos cultos pagãos. Como resposta a esta alegação, Eusébio de Cesareia e Agostinho de Hipona mostraram que o cristianismo se inseria na tradição das escrituras hebraicas, que relatavam a origem do mundo. Para os primeiros autores cristãos, a humanidade era de início monoteísta, mas tinha sido corrompida pelos cultos politeístas que identificavam como obra de Satanás. Durante a Idade Média, os pensadores do mundo muçulmano revelaram um conhecimento mais profundo das religiões que os autores cristãos. Na Europa, as viagens de Marco Polo permitiram conhecer alguns aspectos das religiões da Ásia, porém a visão sobre as outras religiões era limitada: o judaísmo era condenado pelo facto dos judeus terem rejeitado Jesus como messias e o islão era visto como uma heresia. O Renascimento foi um movimento cultural e artístico que procurava reviver os moldes da Antiguidade. Assim sendo, os antigos deuses dos gregos e dos romanos deixaram de ser vistos pela elite intelectual e artística como demónios, sendo representados e estudados pelos artistas que os representavam. Nicolau de Cusa realizou um estudo comparado entre o cristianismo e o islão em obras como De pace fidei e Cribatio Alcorani. Em Marsílio Ficino encontra-se um interesse em estudar as fontes das diferentes religiões; este autor via também uma continuidade no pensamento religioso. Giovanni Pico della Mirandola interessou-se pela tradição mística do judaísmo, a Cabala. As descobertas e a expansão européia pelos continentes, tiveram como consequência a exposição dos europeus a culturas e religiões que eram muito diferentes das suas. Os missionários cristãos realizaram descrições das várias religiões, entre as quais se encontram as de Roberto de Nobili e Matteo Ricci, jesuítas que conheceram bem as culturas da Índia e da China, onde viveram durante anos. Em 1724 Joseph François Lafitau, um padre jesuíta, publicou a obra Moeurs des sauvages amériquains comparées aux moeurs des premiers temps na qual comparava as religiões dos índios, a religião da Antiguidade Clássica e o catolicismo, tendo chegado à conclusão de que estas religiões derivavam de uma religião primordial. Nos finais do século XVIII e no início do século XIX parte importante dos textos sagrados das religiões tinham já sido traduzidos nas principais línguas européias. No século XIX ocorre também a estruturação da antropologia como ciência, tendo vários antropólogos se dedicado ao estudo das religiões dos povos tribais. Nesta época os investigadores reflectiram sobre as origens da religião, tendo alguns defendido um esquema evolutivo, no qual o animismo era a forma religiosa primordial, que depois evoluía para o politeísmo e mais tarde para o monoteísmo.

Abordagens disciplinares

O estudo científico da religião é actualmente realizado por várias disciplinas das ciências sociais e humanas. A História das Religiões, nascida na segunda metade do século XIX, estuda a religião recorrendo aos métodos da investigação histórica. Ela estuda o contexto cultural e político em que determinada tradição religiosa emergiu. A Sociologia da Religião analisa as religiões como fenómenos sociais, procurando desvendar a influência dela na vida do indivíduo e da comunidade. A Sociologia da Religião tem como principais nomes Emile Durkheim, Karl Marx,Ernst Troeltsch, Max Weber e Peter Berger. A Antropologia, tradicionalmente centrada no estudo dos povos sem escrita (embora os seus campos de estudo possam ser também as modernas sociedades capitalistas), desenvolveu igualmente uma área de estudo da religião, na qual se especulou sobre as origens e funções da religião. John Lubbock, no livro The Origin of Civilization and the Primitive Condition of Man apresentou um esquema evolutivo da religião: do ateísmo (entendido como ausência de idéias religiosas), passa-se para o xamanismo, o antropomorfismo, o monoteísmo e finalmente para o monoteísmo ético. Esta visão evolucionista foi colocada em questão por outros investigadores, como E.B. Taylor que considerava o animismo como a primitiva forma de religião. A Fenomenologia da Religião, que deriva da filosofia fenomenológica de Edmund Husserl, tenta captar o lado único da experiência religiosa. Utiliza como principal método científico a observação, explicando os mitos, os símbolos e os rituais. Ela procura compreender a religião do ponto de vista do crente, bem como o valor dessas crenças na vida do mesmo. Por estas razões evita os juízos de valores (conceito de epoje ou abandono de qualquer juízo de valor). Os principais nomes ligados à Fenomenologia da Religião são Nathan Soderblom, Garardus van der Leeuw, Rudolf Otto, Friedrich Heiler e Mircea Eliade.

Classificação das religiões

Classificação geográfica

Esta classificação procura agrupar as religiões com base em critérios geográficos, como a concentração numa determinada região ou o facto de certas religiões terem nascido na mesma região do mundo. As categorias mais empregues são as seguintes:

Esta classificação não se refere à forma como tais religiões estão distribuidas hoje pela Terra, mas às regiões onde elas surgiram. Fundamenta-se no fato de que as religiões paridas em regiões próximas mantém também proximidades em relação aos seus credos, por exemplo: as religiões nascidas no Oriente Médio em geral são monoteístas e submetem seus crédulos a forte regime de proibições e obrigações, sempre se utilizando de ameaças pós-mortem como a do inferno cristão. Já as religiões nascidas no Oriente Distante são ou politeístas ou espiritualistas (não pregam a existência de nenhum deus, mas acreditam em forças epirituais) e são mais flexíveis quanto suas normas morais. A distribuição atual das religiões não corresponde às suas origens, já que algumas perderam força em suas regiões nativas e ganharam participação em outras partes do planeta, um exemplo básico é o cristianismo, que é minoritário no Oriente Médio (onde surgiu) e majoritário em todo o Ocidente e na Oceania (para onde migrou). Há ainda o caso das religiões greco-romanas que dominaram a Europa por séculos mas hoje são religiões mortas, provavelmente sem nenhum seguidor vivo em todo o planeta.

A religião no mundo contemporâneo

Adeptos do Cao Dai, uma religião sincrética surgida no século XX Desde os finais do século XIX, e em particular desde a segunda metade do século XX, o papel da religião, bem como seu número de aderentes, se tem alterado profundamente. Alguns países cuja tradição religiosa esteve historicamente ligada ao cristianismo, em concreto os países da Europa, experimentaram um significativo declínio da religião. Este declínio manifestou-se na diminuição do número de pessoas que frequenta serviços religiosos ou do número de pessoas que desejam abraçar uma vida monástica ou ligada ao sacerdócio. Em contraste, nos Estados Unidos, na América Latina e na África subsariana, o cristianismo cresce significativamente; para alguns estudiosos estes locais serão num futuro próximo os novos centros desta religião. O islão é actualmente a religião que mais cresce em número de adeptos, que não se circunscrevem ao mundo árabe, mas também ao sudeste asiático, e a comunidades na Europa e no continente americano. O hinduísmo, o budismo e o xintoísmo tem a sua grande área de influência no Extremo Oriente, embora as duas primeiras tradições influenciem cada vez mais a espiritualidade dos habitantes do mundo ocidental. A Índia, onde cerca de 80% da população é hindu, é um dos países mais religiosos do mundo, ficando em segundo lugar após os Estados Unidos. As explicações para o crescimento das religiões nestas regiões incluem a desilusão com as grandes ideologias do século XIX e XX, como o nacionalismo e o socialismo. Por outro lado, o mundo ocidental é marcado por práticas religiosas sincréticas, ligadas a uma "religião individual" de cada um faz para si e ao surgimento dos chamados "novos movimentos religiosos". Embora nem todos esses movimentos sejam assim tão recentes, o termo é usado para se referir a movimentos neocristãos (Movimento de Jesus), judaico-cristãos (Judeus por Jesus), movimentos de inspiração oriental (Movimento Hare Krishna) e a grupos que apelam ao desenvolvimento do potencial humano através por exemplo de técnicas de meditação (Meditação Transcendental). Também presente na Europa e nos Estados Unidos da América é aquilo que os investigadores designam como uma "nebulosa místico-esotérica", que apela a práticas como o xamanismo, o tarot, a astrologia, os mistérios e cuja actividades giram em torno da organização de conferências, estágios, revistas e livros. Algumas das características desta nebulosa místico-esotérica são as centralidades do indivíduo que deve percorrer um caminho pessoal de aperfeiçoamento através da utilização de práticas como o ioga, a meditação, a idéia de que todas as religiões podem convergir , o desejo de paz mundial e do surgimento de uma nova era marcada por um nível superior de consciência.

A religião segundo The Economist

Em 23 de dezembro de 1999 em seu número especial por ocasião da mudança do milênio publicou uma nota necrológica de Deus [1], agora vem de confessar que agiu precipitadamente. Num longo noticiário de 3 de novembro de 2007 reconhece que contra o prognóstico laicista ou secularista, a fé sobrevive e vem dando mostras, nos últimos anos, de uma energia renovada e com influência cada vez maior nos assuntos do planeta. Conclui que para um político ou estadista seria um erro muito perigoso ignorar ou legar a um segundo plano a religião.[2] A temática em torno de religião e sobre Deus também tomou conta do debate político nos Estados Unidos em 2007 e ganhou espaço na campanha eleitoral, candidatos são obrigados a responder perguntas sobre religião e se vêm compelidos a participar de cultos.[3]

Número de adeptos por religião

(Segundo Adherents.com)

(Segundo Gordon Conwell Theological Seminary)